Na
tarde e na noite do dia 5 de Novembro de 2011, houve uma Vigília de
Evangelização no Dragão do Mar e proximidades. Lá, estava toda a Comunidade
Católica Shalom, nas mais diversas idades, jovens, adultos, famílias, dentre
eles: postulantes, discípulos, consagrados, vocacionados, pessoas da obra, etc.
No local, reúne-se uma multidão de jovens aos finais de semana, aonde a
Comunidade sempre vai ao encontro destes. Mas esta vigília, em especial, foi o presente
de aniversário que nosso querido e amado pai, fundador, Moysés, nos pediu.
Presente este, que não deixou de ser comunitário, pois, para todos nós que
estávamos lá, foi uma imensa alegria, estarmos reunidos em Comunidade, para
assim, anunciarmos Cristo ressuscitado que passou pela cruz, dando de graça o
que de graça recebemos e testemunharmos que Deus é a nossa alegria e o quanto
vale a pena buscar e viver a santidade aqui na terra.
Para
mim, de forma particular, foi uma noite de muitas bênçãos. Era impressionante a
providência de Deus e a Sua condução. Eu fui pra vigília, dizendo que ia voltar
pra casa mais cedo pois, estava extremamente cansada e devido ao encontro
Vocacional que aconteceria no dia seguinte. Mas, na hora, a ação de Deus foi
tão forte que eu não resisti. Olhando ao meu redor, a todos aqueles jovens que
lá estavam, no álcool, na prostituição, naquele show de rock que estava acontecendo no
local, eu não conseguia nem pensar na possibilidade de voltar mais cedo pra
casa. E aí, Deus foi me dando a graça de ofertar todo o meu cansaço e de ir ao
encontro daqueles que estavam a minha espera.
Todas
as pessoas que eu abordei eram evangélicas, e todas elas estavam afastadas da
Igreja. Algumas porque sentiam vergonha
de retornar; outras porque eram de outra cidade e depois que chegaram aqui
foram conhecendo e experimentando coisas do mundo e não conseguiram mais
retornar; outras ainda, porque tiveram decepções durante a vida e culpavam a
Deus pelos fatos acontecidos; etc. Mas falarei aqui de uma delas, que para mim
foi uma das que ficou mais forte.
Enquanto
eu estava evangelizando um rapaz no sinal, os outros dois que estavam comigo
ficaram me esperando sentados na calçada, e enquanto eles estavam lá, chegou
uma mulher, muito alcóolizada, pedindo água. Daí, eles deram a água e começaram
a evangelizá-la. Quando eu terminei de conversar com o rapaz, fui pra onde eles
estavam, ela foi logo perguntando meu nome, pedindo pra eu sentar e assim o
fiz. Daí, ela foi se apresentando. Disse que tinha 26 anos, tinha uma filha de 9 anos, mas que morava com a mãe dela, porque hoje ela estava viciada no álcool, não tinha mais casa e dormia na rua, por onde desse, por isso, ela não queria que a filha dela visse essa situação. Falou que já tinha coordenado grupo de oração na igreja em que ela participava e aí foi explicando também todo o motivo pelo qual ela se afastou. Quando eu falei que éramos do Shalom, ela disse: “Áh! Vocês são daquela
comunidade? Eu amo vocês demais! A conversa aqui vai ser boa! Eu era da Igreja
Universal, vocês conhecem?” Daí, eu falei que conhecia a igreja dela, continuei
falando da comunidade, da minha experiência com o amor de Deus, etc. E Deus
colocava em meu coração a parábola do filho pródigo. Quando eu peguei minha
Bíblia para ler a passagem, ela pegou a Bíblia das minhas mãos e falou: “Óh,
quando você for ler a Bíblia, não leia de qualquer jeito não! Você segura ela,
fecha os olhos e reza a Deus clamando o Espírito Santo d’Ele. Quando você
sentir no seu coração, abra a Palavra; onde você colocar os olhos, é lá que
Deus tá querendo falar ao teu coração.” Quando ela terminou de falar isso, eu
perguntei: “E você pode fazer isso agora?” Ela respondeu: “Mas é claro”, e começou
a rezar. Os outros dois que estavam comigo e eu, ficamos só intercedendo.
Quando ela abriu a Bíblia, foi bem em uma página que tinha um folheto com um
ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na hora que eu vi, me arrepiei
inteira. E ela falou: “Nossa, que imagem bonita”, e começou a ler a passagem,
que agora me falha na memória. Quando ela terminou de ler, falou: “Essa
passagem foi uma grande providência de Deus, hein?! Você acredita na
providência de Deus? Eu acredito!” Daí eu falei: “Mas é claro que eu acredito!
E você acredita que foi providência de Deus você ter aberto a Bíblia logo onde
se encontrava essa imagem de Nossa Senhora?” Ela parou, pensou, e respondeu: “Sim,
eu acredito, porque nossa Mãe do céu sabe de tudo.”
Para
muitos, isso que ela disse, pode não significar nada, ou pode até ser
considerado uma besteira. Mas, para mim, que já fui evangélica e já tive um imenso
bloqueio com Maria, aquilo
foi simplesmente fantástico. Daí, eu comecei a falar de Maria pra ela. Maria
que foi aquela que acreditou nas promessas de Deus e soube, mesmo na dor, dar o
seu sim incondicional à vontade do Pai... enfim! Ela ouviu direitinho, mas não
falou nada. Depois rezamos por ela, e enquanto rezávamos, ela mesmo, começou a
louvar e bendizer a Deus pela aquela noite, pela providência de Deus em ter nos
enviado para conversar com ela justo no momento em que ela estava mais distante
d’Ele; dentre outras coisas. Daí, logo em seguida, ainda no momento da oração,
ela começou a cantar uma parte de uma música que dizia: “Eu não preciso ser
reconhecida por ninguém, a minha glória é fazer com que conheçam a Ti. E que
diminua eu, pra que Tu cresças, Senhor, mais e mais.”
E
aí, pude perceber quão grande era a obra que Deus estava realizando na vida
dela. Uma obra de retorno aos braços d’Ele, à vontade d’Ele, aos caminhos d’Ele.
Que para Deus não importava por onde ela tinha andado, o que ela tinha feito, mas
somente a graça d’Ele, o perdão d’Ele, a misericórdia d’Ele e o Seu amor!
E é isso meus irmãos. Não deixemos
nunca, de rezar e interceder pelas pessoas que estão neste mundo e que não
conhecem a Deus, que não se deixam ter uma experiência com o Seu amor. Rezemos, rezemos e evangelizemos. O mundo
precisa de paz, o mundo precisa de Deus, que é a verdadeira e única paz.
“Nosso relacionamento interior com a Mãe de Deus produz em nós um relacionamento harmonioso com o mistério de Cristo. Não há, pois, perigo de um impedir o outro” (João Paulo II)
“Nosso relacionamento interior com a Mãe de Deus produz em nós um relacionamento harmonioso com o mistério de Cristo. Não há, pois, perigo de um impedir o outro” (João Paulo II)
Que Deus nos abençoe e Maria nos guarde, SHALOM!
Que bela partilha Leticia!!
ResponderExcluirNão podemos parar de evangelizar, a humanidade precisa de nós.
Shalom!
Raiane
www.amigosshalompetrolina.blogspot.com
Muito bom....!
ResponderExcluirFANTASTICO.!
ResponderExcluirSarah Bentes