segunda-feira, março 12, 2012

Libertos pela Cruz: Símbolos da JMJ levam consolação a jovens detentos em Fortaleza

Prestes a completar 500 dias da rebelião que deixou sete educadores sociais feridos na unidade e foi noticiada pela mídia com frases do tipo “eles estavam armados com pedaços de madeira…” o coração dos jovens palpitava por uma nova ansiedade. Queriam segurar nos braços um madeiro novo, redentor, sinal de salvação.

Foram poucos os escolhidos para a missão de levar da terceira grade até o centro da quadra coberta o Símbolo. Eram como "heróis" em meio aos outros que viam admirados o estandarte da fé ser guiado pelos próprios companheiros. Cinco internos para ser mais preciso. A real alusão às cinco chagas de onde o cristão encontra o verdadeiro sentido de sua vida e destino.


Em todos os lugares por onde passou na Arquidiocese de Fortaleza até aquele momento, a Cruz dos Jovens e o Ícone de Nossa Senhora abriram caminhos, mas no Centro Educacional Dom Aluísio Lorscheider (Cecal) deveria ser diferente. A Cruz caminhava conduzida pelos jovens, mas à sua frente estava o Ícone de Maria. Quadro do sagrado amor de mãe impresso no rosto sofrido daquelas que podiam ter escolhido qualquer lugar da cidade para contemplar a preparação da JMJ, mas escolheram viver isso ao lado de seus filhos. Presos por delitos. Detentores da descoberta libertadora da salvação de Cristo e do amor arrebatador de Maria. As mães dos detentos receberam autorização especial para estarem presentes no dia do evento por parte dos órgãos responsáveis.


Com a banda ninguém precisou preocupar-se, eles já haviam preparado sua homenagem e ensaiado há dias. O microfone a princípio não quis ajudar, mas em minutos todos viviam uma profunda experiência de direcionar um novo olhar à própria história ouvindo aqueles jovens cantarem “Noites Traiçoeiras” e logo depois Padre Watson conduzir uma profunda oração.

O consolo do céu veio também pelas palavras duras do testemunho pessoal do Padre Duarte, “um dia minha mãe pensou que eu havia morrido junto com meus amigos que sofreram um acidente, naquela hora percebi o que estava fazendo da minha vida”. A festa  aconteceu, no entanto, foi quando veio o convite para tirar a foto que a lei não permite divulgar ou revelar (pois as imagens dos adolescentes presos não pode ser publicada), todos juntos ao lado do Ícone de Maria e da Cruz. “Não me importa que ninguém de fora veja, um dia eu pego pra mim essa foto e coloco na mesa do meu trabalho”, partilhou J.S. em um momento de emoção com nossa equipe denunciando o futuro que espera e que Jesus vai lhe dar, pelas mãos de Maria.

Marcos Pavel – Núcleo de Comunicação, Bote Fé Fortaleza e Rádio FM Dom Bosco
Fonte: http://jovensconectados.org.br/jmj/botefe


 
 
Depois de ter vivido minha primeira experiência com a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da JMJ, no Bote Fé de Natal, foi no CECAL, em Fortaleza, que pude experimentar e sentir, com maior intensidade a força de Deus que envolve esse momento.

  

Poder ter tocado e rezado diante da Cruz e do Ícone e ter carregado os símbolos juntamente com os jovens detentos, que mostravam esperança através de um sorriso nos lábios e um brilho no olhar, foi uma experiência inesquecível.




Acredito que, depois da experiência que aqueles jovem puderam viver com os símbolos da JMJ, com o amor de Deus e a intercessão da Virgem Maria e do Beato João Paulo II, a vida deles não será a mesma. 


Diariamente, na minha oração pessoal e na Santa Missa, posso lembrar desse momento e do rosto de cada um daqueles jovens detentos. O que me leva a rezar incansavelmente por eles e pelas suas famílias, para que Deus possa fazer frutificar as sementes que foram plantadas no coração de cada um.

"O impossível Ele pode realizar."

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