domingo, julho 31, 2011

"Eu era triste e cansada; atormentada pela dor... Veio Jesus e me chamou: - Filha, vem em mim morar!"

 Nasci na cidade de Fortaleza-Ce, e com um ano de idade, meus pais decidiram morar em Monsenhor Tabosa, cidade do interior do Ceará. Tive uma infância comum e fui muito bem educada pelos meus pais. Aos 12 anos de idade, fui à primeira festa, “fiquei” pela primeira vez e experimentei o primeiro gole de bebida alcóolica. Fui crescendo e assim fui deixando a vida me levar... Estudava, como todos da minha idade, e ia festas e farras com bebedeiras e ficas; por duas vezes cheguei a fumar; porres e mais porres, etc., e assim, fui experimentando as coisas que o mundo tinha a oferecer.
Minha família sempre foi católica, mas eu, nunca fui engajada, nem muito menos ia à missa. Sempre acreditei em Deus, mas, mesmo morando ao lado da Igreja, nunca frequentava, e quando ia, era porque minha mãe me obrigava, mas nunca por vontade própria. Ainda cheguei a frequentar a Igreja Evangélica Assembleia de Deus, durante uns 2 meses, a convite de um primo. Mas também, não ia por Deus, mas, pelas amizades que havia construído naquele local. Foi aí que, meu pai disse que eu não iria mais, pois, não tinha maturidade suficiente para discernir qual religião seguir, e assim, deixei de frequentar a Igreja Evangélica.
Quando eu havia completado meus 14 anos de idade, o pessoal da Comunidade Católica Shalom de Crateús-Ce, foram ministrar um Seminário de Vida no Espírito Santo, durante um final de semana, em Monsenhor Tabosa, onde, minha mãe era uma das que estavam ajudando para que esse Seminário acontecesse. Mas, eu também não queria ir. Até que minha mãe me convidou para ir na sexta-feira, dizendo que, se eu não gostasse, não precisava ir nos outros dias, e daí, eu topei. Logo no primeiro dia, me apaixonei pelo encontro, onde Deus fez muito em minha vida e na vida de todos que ali estavam, e daí, nem precisou minha mãe me chamar para ir no dia seguinte, pois, eu mesma, fiz questão de acordar bem cedo e ir participar do segundo e do terceiro dia de seminário. Foi aí o meu primeiro encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo.
Mas, infelizmente, não foi aberto grupo de oração para as pessoas que participaram, e daí, eu voltei para o mundo e mais uma vez fui deixando a vida me levar, voltando para a vida de festas, farras, bebedeiras, ficas, etc., e comecei a buscar minha felicidade nessas coisas, e me considerava super, hiper, mega feliz. Até que, houve um tempo em que, eu me encontrei em uma profunda tristeza e um imenso vazio foi invadindo todo o meu ser. Não tinha vontade de sair, passava o dia inteiro em casa me balançando em uma rede na área, pois não encontrava nem mesmo, um sentido para viver. E aí, fui vendo a preocupação da parte dos meus pais, que me davam total atenção; dos meus amigos, que iam me visitar em casa e etc. Mas o grande vazio dominava todo o meu ser. As pessoas que iam à minha casa, só sabiam dizer: - Vamos para tal festa, Letícia, pra gente se divertir, desopilar um pouco... E aí, eu comecei a ir, já que me garantiam que lá eu ia ser feliz. Cansei de chegar das farras já de manhã, com ressaca, mal estar devido à bebida, e mais uma vez, ia deixando a vida me levar.
Aos 17 anos de idade, ganhei uma bolsa para fazer cursinho no Colégio Espaço Aberto, onde passei a morar em Fortaleza, e mesmo me preparando para o vestibular, não deixava de sair, de farrear, de ir às festas... e convite, era o que não faltava. Até que, no cursinho mesmo, na sala em que eu estudava, conheci uma pessoa da Comunidade Shalom, que começou a me chamar para os eventos que eles promoviam, como por exemplo, o Renascer, o Halleluya, etc. Mas como eu me considerava feliz e gostava da vida que eu tinha, sempre inventava desculpas para não ir aos eventos. Ainda frequentei, por uma vez, a Igreja Evangélica Verbo da Vida, mas não encontrava ânimo para perseverar. Minha mãe, sempre dizia: “Letícia, procura um grupo de oração do Shalom, é tão bom!” E eu sempre respondia: “Deus me livre, mãe! Ali só tem doido!” E era aí que eu me enganava.
Certo dia, ao acessar a internet, fui deixar um recado no Orkut de uma amiga que há tempos não a via. E sempre quando eu ia deixar recado para alguém, nunca olhava a página de recados daquela pessoa, e nesse dia, ao terminar de escrever o recado, eu desci a página e comecei a ler os recados dela, até que, cheguei a um recado que dizia: “Seminário de Vida no Espírito, no Shalom da Parquelândia, nos dias 28 e 29 de Março de 2009.” E quando eu li isso, foi como um despertar, e esse recado me chamou atenção, onde eu decidi ir a esse Seminário. No sábado, eu não fui, pois ainda se encontrava com ressaca do Kangalha da sexta-feira, mas no domingo acordei cedinho para ir e ainda consegui levar nove amigas comigo.
Eu não consigo escrever aqui o que senti naquele dia. Mesmo, eu estando lá, com o coração um pouco fechado, Deus agia de uma forma, como nunca havia agido antes. Era algo inédito na minha vida. Meu coração batia mais forte, as lágrimas escorriam em meu rosto com uma facilidade imensa, e eu fui começando a abrir o meu coração à ação de Deus. Ao sair de lá, eu me questionava: “E aí, Senhor... eu fiz esse seminário, e agora quando eu voltar pra casa, tudo vai continuar como era antes?”. E a resposta de Deus, era: “NÃO”. Pois agora sim, eu tinha experimentado do verdadeiro amor, da verdadeira felicidade. Aquelas coisas que eu sentia nas farras e festas, não me preenchiam mais, pois era apenas um prazer momentâneo e passageiro, não era felicidade, pois a verdadeira felicidade só Deus é capaz de oferecer, e eu sou testemunha disso.
Engajei-me em um grupo de oração no dia 26 de Abril de 2009, e fui tendo uma profunda experiência com a fidelidade de Deus, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com o seu amor, enfim... E a partir daí, Jesus foi me impulsionando e me dando a graça de não somente ouvir as pregações e se fazer presente naquele encontro semanal, mas ir, além disso, colocando em prática o que Ele falava através das orações no grupo, através da sua manifestação poderosa por meio da Palavra, e assim, o Senhor me conduzia e me dava a graça de mergulhar nos seus mistérios de amor e a ser canal e instrumento da graça d’Ele na vida das outras pessoas e principalmente dos jovens.
Passei a ter meu encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo e com o Espírito Santo, diariamente. Conheci várias pessoas que eram diferentes das que eu já havia conhecido antes, fui fazendo novas amizades, e amizades de Deus, pessoas que estavam ao meu lado sempre, e até hoje, estão. A partir daí, com a graça de Deus, fui aprendendo a levar a vida e não mais deixar a vida me levar. E dentro de mim ia surgindo um grande desejo pelo serviço na obra, pela evangelização dos jovens, pela vida de oração diária e etc., um desejo de dar de graça o que de graça havia recebido. E aí, com cinco meses de grupo, me engajei em um ministério, e tudo isso que ia vivendo me trazia muita paz, tranquilidade e uma felicidade sem igual.
Em junho de 2010, ingressei no Vocacional Shalom, onde aí, as obras foram acontecendo com maior intensidade, pois já ardia em meu coração, um desejo profundo em consagrar minha vida a Deus, em ir além das minhas próprias forças, não mais centralizada nas minhas vontades, mas, me abandonando inteiramente à vontade de Deus, que é o melhor para nós. Fui descobrindo que Deus nada tira e tudo dá; que Ele entregou a sua vida e ressuscitou por amor a nós; que só Ele nos faz verdadeiramente livres, nos amando incondicionalmente e sem reservas...
E dentro desse caminho, foram surgindo também as dificuldades, as dores, as provações... Mas, o poder, a graça, a fidelidade e o amor de Deus sempre superaram todas essas coisas, e a Sua voz, o Seu chamado, me levavam e me levam, até hoje, a prosseguir e não olhar para trás.
Isso tudo, meus irmãos, é só um pequeno resumo das obras que Deus realizou em minha vida. Não estou aqui, para condenar ou julgar, quem bebe, quem fuma, quem fica, quem farreia... Não! Mas, tendo vivido e experimentado de tudo isso, estou aqui para testemunhar que nada disso vale a pena, que nada disso trás felicidade, que nada disso leva ninguém a lugar algum, a não ser, para o fundo do poço; e que, se você se encontra assim hoje, Deus pode mudar sua situação, e eu te garanto, que Ele pode mudar para melhor, para muito melhor. Deus pode te mostrar caminhos maravilhosos, pelos quais, você nunca andou antes; Deus pode lhe enviar pessoas, nas quais, você nunca conheceu alguém assim antes; Deus pode cuidar de ti, como nunca alguém cuidou de ti antes; Deus pode te dar a felicidade, que você nunca sentiu antes; Deus pode te amar como nunca ninguém te amou antes... Mas, tudo isso, só pode acontecer, se você permitir, pois Deus é livre e também deseja nos fazer livres em Seu amor, e Ele nunca entrará em sua vida se você não abrir as portas. Por isso, não apenas abra as portas do seu coração, mas escancare-as, e permita que Deus entre em sua vida.
Várias pessoas chegam para mim e dizem: “Letícia, você tá ficando louca, fizeram uma lavagem cerebral em você, vai virar freira é?”. E a maioria dessas pessoas, dizem isso, sem nunca ter vivido o que eu vivo hoje. E a vocês, lanço um desafio: Venham conhecer, venham ter essa experiência comigo! Vamos nos aventurar juntos?? Quando fizerem isso, quero ouvir o que tens a dizer! Hoje, não sou influenciada por ninguém, sou livre! Mas, tomei uma decisão de buscar a santidade, onde, uma nova postura surge, uma obra nova acontece e inicia assim um caminho de desapego, renúncia e felicidade. Sou eternamente grata a Deus pelos seus feitos em minha vida.
Busco a felicidade, sabendo que Deus é a minha felicidade. Busco estar mais próxima d’Ele e sentir-me amparada por Seu imenso poder, permitindo a concretização dos Seus planos de amor em minha vida. 


Se hoje sou louca, é por Jesus! Vale a pena, eu garanto, e tenho certeza, que muita gente pode dizer o mesmo! Testemunho esse amor porque vale a pena ser católico, vale a pena ser de Deus! Crer n’Ele é perceber em sua alma um complemento Divino. Quem não crer é porque implica em fechar os olhos da fé.
E não posso deixar de falar também, da nossa Mãe, Maria. Eu, que até certo tempo tive um grande bloqueio quando ouvia esse nome, e hoje, depois de me firmar na Igreja e poder dizer com todo prazer que sou Católica Apostólica Romana, e também de ter tido a graça de uma forte e profunda experiência com Maria, digo a vós, que muito temos de aprender com Ela, que foi um exemplo de filha e de mãe; um exemplo de obediência, de castidade, de humildade; Ela que soube silenciar, soube esperar e mais do que isso, sempre disse seu sim incondicional à vontade de Deus.
Que o nosso bom Deus nos abençoe e nos conceda a graça de, como Maria, estarmos sempre dispostos a fazer a vontade d’Ele, de confiar e não ter medo de nos abandonarmos, de nos lançarmos aos braços do Pai, que só quer o melhor para nós.

Assim seja! 
Shalom à todos!

3 comentários:

  1. Que Sal!Que Luz!

    =)

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  2. leticia eu nao te conheso moro em campinas sp sei que este testemunho voce escreveu em 2011 mas nesse 2014 lendo hoje o que voce escreveu estou disposto a procura em campinas o grupo de oracao shalom quero muito mudar para com meus vicios e se encontra com cristo um beijao continue assim fica com deus

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