Como não amar Maria?

    Durante este mês de Maio, mês em que é dedicado à Virgem Maria, muitas estão sendo, as experiências em que venho tendo com Ela. Mas, gostaria de registrar e escrever neste post, a minha primeira experiência; como eu a conheci e como pude me aproximar mais d’Ela e da Santa Igreja.

     Acredito que a maioria de vocês já leu ou ouviu meu testemunho. Mas aqui vou retomar alguns aspectos. Ainda muito nova, tive várias experiências com o mundo, e não queria saber nada de Deus... Apesar de a minha família ser Católica, e de eu sempre ter morado ao lado da Igreja, eu não ia à Missa, não rezava, enfim... Acreditava em Deus, mas não me sentia necessitada d’Ele, pois o que eu era, a minha vida, e o que eu tinha, já me bastavam. Foi quando um primo meu convidou-me para visitar a igreja assembleia de Deus, na qual ele frequentava. E aí, eu fui só pra não dizer não a ele! Fui indo, fui indo, até que “aceitei a Jesus” lá na igreja e continuei indo, onde passei um bom tempo frequentando, até que, meu pai chegou pra mim e pediu pra que eu não fosse, porque eu era muito nova, não tinha maturidade suficiente pra discernir religião; que futuramente, se eu visse que realmente era ali o meu lugar, ele não me impediria de ir novamente. E aí eu acolhi o pedido do meu pai... mas voltei às coisas do mundo, onde fui experimentando de mais coisas e mais coisas, e cada vez mais ia me afastando de Deus.

     Minha mãe convidou-me para participar de um seminário de vida no Espírito Santo da Comunidade Shalom que ia acontecer no meu interior, e eu só fui mesmo por insistência dela. Chegando lá, tive uma forte experiência com Deus, mas como não foi formado grupo de oração após o seminário, acabei voltando às coisas do mundo novamente.

     A partir dessas experiências que tive no mundo e dessa forte experiência que tive com o amor de Deus, chegou um determinado tempo em que, eu fui percebendo que sim, existia alguma coisa que me faltava. E aí foi quando vim morar em Fortaleza, conheci melhor o Shalom, pelo fato de aqui ter centros de evangelização, o que lá na minha cidade não tinha, e aí tive uma outra experiência, mais forte ainda do que a primeira. Foi onde Deus me deu a graça de caminhar com Ele, de optar pela vontade d’Ele e não mais me sentir atraída pelas coisas que o mundo tinha a me oferecer, que diante o que Deus tinha reservado para mim, não eram absolutamente nada e não tinham valor algum.

     Mas aí, mesmo já estando engajada em grupo de oração, servindo em ministério, enfim... eu carregava comigo um bloqueio muitooooo grande em relação à Maria. Acreditava em Jesus Eucarístico, mas não conseguia acreditar em Maria, na sua intercessão; não via necessidade de rezar o terço, enfim... Conforme eu ia tendo minhas experiências com Deus, eu ia descobrindo que, ainda me faltava algo. E isso não era apenas uma coisa da minha cabeça, era algo que eu sentia interiormente, era algo que eu sentia em meu coração. Durante uma vigília de oração, partilhei essa realidade com minha acompanhadora, ela rezou por mim e me fez um convite, que foi de participar de um curso sobre Nossa Senhora nas Sagradas Escrituras, com o Padre Sílvio Scopel, que naquele tempo ainda era Diácono, e a Josefa (ambos Consagrados da Comunidade de Vida Shalom).  Mesmo sem gostar muito de Maria, aceitei o convite. Nos primeiros dias, a vontade que eu tinha era de levantar e sair dali. Não acreditava em nada daquilo, estava inquieta, muitas coisas iam se levantando, questionamentos iam surgindo, enfim...

     Mas ao terminar o curso, percebi que tudo isso era uma grande investida do demônio para que, eu não tivesse minha experiência com Maria, Mãe de Jesus e minha Mãe; percebi que, durante aquela semana foi a própria Virgem Maria que esteve comigo durante todos aqueles dias e permitiu que eu chegasse até lá, porque a obra interior era muito grande, as dificuldades que iam surgindo para que eu não chegasse até a Paróquia em que estava acontecendo o curso, iam aparecendo de forma muito intensa, tudo queria me impedir de chegar até lá, das pequenas às grandes coisas.

    E foi lá, que eu pude ter minha primeira experiência com Maria. Através da intercessão dela, eu pude sair do curso e mais do que começar a rezar o terço, o ofício, dentre outras coisas, eu comecei a amá-La. Gente, é muito bom amar Maria e sentir-se amada por Ela.

   Algumas semanas depois do curso, comecei a me preparar para consagrar-me à Ela. E no dia da minha consagração, tive uma experiência muito, muito, muito forte! Ao chegar em casa, fui direto rezar... Como a casa estava super movimentada, minha avó estava doente, minha mãe dormindo com ela em um quarto e os outros ocupados, fui fazer minha oração na área. Durante a oração, pude ouvir a voz de Maria que falava ao meu coração, dizendo que, a partir daquele dia, Ela vinha derramar sobre mim todas as graças que seriam necessárias na minha caminhada dali pra frente, e que, onde eu estivesse, lá Ela estaria comigo. Pense aí, que eu comecei a chorar, chorar, chorar, chorar... e aí meu lado Tomé gritou bem alto dentro de mim, e fiquei sem acreditar que seria Ela mesmo. Foi quando pedi uma prova à Deus e à Ela. Pedi que acontecesse uma coisa bem difícil de acontecer ali naquele momento, mas aquilo que para mim era muito difícil, chegando a ser impossível... para Deus e para a Mãe do Seu Filho não era, pois eles me mostraram concretamente o que eu havia pedido. E hoje o único questionamento que carrego é: Como não amar Maria? Como não amar Aquela que entre todas foi a escolhida? Como não amar Aquela que foi concebida sem pecado? Como não amar Aquela que, em tudo soube fazer a vontade de Deus? Enfim... Como não amar Maria? Como?

    Desde esse dia, até aqui, sinto Sua presença de maneira muito forte e muito concreta. E hoje eu posso, não só afirmar, mas acredito e posso testemunhar que, eu tenho uma Mãe no céu que olha por mim e me leva cada vez mais aos braços do Pai, e que foi por meio dEla, que eu pude voltar para a Igreja Católica; por meio dEla pude permanecer até hoje e está dando passos concretos na fé e na vontade de Deus. Acredito também, que será por meio dEla que, eu darei sempre o meu sim incondicional a Deus e perseverarei até o fim.

    Aqui, eu ainda poderia escrever várias e várias linhas, mas ainda não conseguiria descrever plenamente o amor que sinto por Ela! Que durante este mês e por toda a nossa vida, a Virgem Maria interceda por cada um de nós. Quer você a ame, quer não; quer você acredite, quer não; quer você seja Católico, quer não... que Maria, a Mãe do Filho de Deus e nossa Mãe, caminhe conosco. E que, através do sim de Maria, possamos ser impulsionados a darmos o nosso sim à Deus, à Igreja e à humanidade, que espera por nós, que tem sede de amor, que tem sede do Amor.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

“Nosso relacionamento interior com a Mãe de Deus produz em nós um relacionamento harmonioso com o mistério de Cristo. Não há, pois, perigo de um impedir o outro” (João Paulo II)